Villa do Bem

pensamento

Nossas escolhas, nossas palavras, nossos atos, e portanto o mundo em que vivemos, dependem de nossos pensamentos. Tudo se decide no espírito.

Se seus pensamentos determinam todas as suas escolhas, eles também criam sua vida, seu mundo. Observe a forma como os sentimentos e as idéias que lhe vêm no espírito acabam produzindo sua existência.

Todo pensamento, toda emoção, palavra e toda ação contribui para modelar a paisagem de nossa existência e a dos outros. Todos eles também preparam o terreno para outros pensamentos, outras palavras, outros atos. Não podemos evitar o fato de estarmos continuamente criando o nosso mundo e o dos outros.

Os estóicos dizem que nossos pensamentos, representações, julgamentos são a única coisa que realmente temos em nosso poder. À primeira vista, isso parece pouco, mas se considerarmos bem as coisas, a força que daí poderíamos ter sobre nossos pensamentos permitiria uma libertação de todos os aspectos de nossa vida.

Somos, primeiro, responsáveis pelo que pensamos. Mas responsabilidade implica liberdade. Ora, nada mais difícil do que conquistar a liberdade de pensar, escapar do automatismo inconsciente das representações e das emoções. É muito mais cômodo voltar-se para o “mundo externo” do que se tornar senhor de si, da própria experiência de vida, aqui e agora.

O pensamento automático ou o pensamento parasita, a que nos submetemos, impede-nos de viver no instante, perceber o momento e ser feliz. Não nos deixa viver nossa própria vida. Daí ser tão importante conquistar a liberdade de pensar!

O mais simples é o mais difícil.

Nossos objetos de aversão poderiam ser objetos de desejo e nossos objetos de desejo, objetos de aversão. E eles só existem em nosso mundo subjetivo porque lhes atribuímos importância. Mas essa importância poderia ser dada de outro modo. Ou melhor, nosso interesse poderia se dirigir por toda parte e sob todos os aspectos, de tal modo que os referidos objetos deixariam de se destacar do fundo de nossa experiência. Dito de outra forma, poderíamos ser desinteressados.

Fonte: O Fogo Liberador – Pierre Lévy

Gratidão
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