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Separação

Bert faz uma analogia bem interessante quanto ao relacionamento de um casal:

Um relacionamento começa com um capital inicial. Esse capital pode ser incrementado através do intercâmbio de amor. Dessa forma o vínculo torna-se mais firme. Pode-se também gastar esse capital. E o capital que foi gasto, não pode ser renovado. Então o relacionamento acaba.

Aqui iremos falar do fato consumado, que é a separação de um casal. Sendo este um fato, então, a filosofia sistêmica afirma que, chega-se a uma boa separação quando os parceiros dizem um ao outro: “Eu o amei muito. Tudo o que lhe dei, dei com prazer. Você me deu muito, e eu o honro. por aquilo que não deu certo em nosso relacionamento assumo uma parte da culpa e deixo a sua parte aos seus cuidados. E agora o deixo em paz”. Assim se separam e cada um segue seu caminho.

Quando um relacionamento termina, isso está sempre vinculado a uma profunda dor.

É importante que ambos os parceiros se entreguem a ela. Muitos preferem evitar essa dor, por exemplo, através de acusações e buscando culpados. Por trás dessa procura e dessas acusações está a ideia de que poderia ter sido diferente. Ou que talvez pudesse haver uma reviravolta. Entretanto, a corrente da vida flui para frente e não para trás. Outra forma eficaz de fugir da dor é a autocompaixão. Na auto compaixão deixo de ver o outro. Olho só pra mim. Mas se ambos conseguem ir em frente, então ambos conservam sua dignidade. 

Quando se reconhece que foi bonito mas que chegou ao fim porque foi como foi, e se sente essa dor com entrega e profundidade, o relacionamento chega ao fim. E ambos se tornam disponíveis para o próximo.

E principalmente, se colocam disponíveis para pensar nos filhos.

 

Guarda dos filhos

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Quando o assunto é guarda dos filhos, há 2 princípios sistêmicos que podem servir de orientação numa tomada de decisão:

  • Os filhos devem ficar com o cônjuge que mais valorize o outro neles;
  • Aquele que rompe o relacionamento não deve ser recompensado com a guarda dos filhos;

Normalmente é o pai que valoriza a mãe nos filhos, e não o contrário. A mulher pode aprender a valorizar nos filhos as qualidades do ex-marido. Assim ela se torna merecedora. Do outro modo, magoa os filhos querendo e valorizando apenas metade deles.

E vale lembrar que sempre há um lado que valoriza mais o outro, por menos que isso possa parecer. Se a valorização fosse mútua, não haveria divórcio. Os filhos não devem ser consultados para participarem da escolha de quem ficará com a guarda. Devem acatar a decisão dos pais. Qualquer que seja o procedimento dos pais, deve ficar claro aos filhos que os dois continuam a ser seus pais, mesmo que já não formem um casal.

Fonte:
Trechos extraídos dos livros “Para que o amor dê certo” e “A Simetria oculta do amor” – de Bert Hellinger  (Citação permitida conforme Lei de Direitos Autorais: Lei Federal 9.610/1998 Artigo 46, VIII, primeira parte)

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Gratidão
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