Por ser a constelação familiar um método fenomenológico, os conceitos, julgamentos e valores culturais não se faz presente. Então quando falamos de abortos, não estamos buscando culpados ou respostas para o fato, estamos buscando incluir alguém que pode ter sido excluído. Culturalmente são esquecidos e não se faz menção a eles ao falar dos filhos e são desconsiderados como pessoas.
A visão sistêmica compreende o abortado como um membro da família que tem o direito de pertencimento. Basta a consciência da gravidez para se afirmar que houve um aborto, independente do tempo desta gestação. Quando o abortado é excluído, ocorre o desrespeito à lei do pertencimento.
Geralmente alguém que nasce depois vai seguir o abortado e então essa pessoa passa a ter dificuldade que pode se revelar como depressão; doenças, hiperatividade, rebeldia, dentre outros aspectos. É o amor inocente que busca resgatar o excluído. Mas só isso não basta.
O aborto gera sentimento de culpa e acusação entre os pais, e por muitas vezes a relação conjugal fica abalada e tende ao fracasso. O abortado é também a evidência de um vínculo entre um homem e uma mulher. E o aborto não desfaz esse vínculo.
Assim, se faz necessária a inclusão deste excluído. A inclusão é um gesto de amor que flui da alma e alcança o abortado. Pode ser feita através de uma constelação familiar ou de uma meditação acompanhada de uma vontade genuína. Quando a inclusão acontece, você sente paz e a culpa ou sofrimento deixa de existir.
Conscientemente, as pessoas buscam acolher crianças através da adoção como um ato de generosidade. Porém, Bert Helinger pontua que pode haver uma outra motivação, inconsciente.
A motivação das pessoas que procuram adoção pode ser uma vontade de compensar algo: seja porque não se pôde ter filhos, seja porque não se consegue suportar ver o abandono que estas crianças sofreram causando tanta dor.
Motivos reais que sim, acolhem milhares de crianças. Muitas vezes vemos a adoção como uma atitude altruísta e benevolente diante o abandono de crianças condenadas a crescerem longe de suas famílias. Vê-se na adoção uma solução generosa para estas crianças.
Mas será que é isso mesmo?
O pensamento para qual Hellinger nos chama atenção aqui é: Quando adoto uma criança, por exemplo, porque não posso ter filhos, quem necessita de quem?
A criança precisa dos pais adotivos ou os pais adotivos da criança que não puderam ter filhos biologicamente?
Para uma adoção dar certo, é preciso respeitar as 3 Ordens do Amor:
Em resumo:
Fonte:
Trechos extraídos dos livros “Para que o amor dê certo” e “A Simetria oculta do amor” – de Bert Hellinger (Citação permitida conforme Lei de Direitos Autorais: Lei Federal 9.610/1998 Artigo 46, VIII, primeira parte)
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Gratidão
Villa do Bem